Berlim respira história

Minha viagem para Berlim merece não somente um post, mas uma série deles. Foram cinco dias na capital da Alemanha, o suficiente para conhecer o melhor que a cidade pode nos oferecer: seja pela sua arquitetura histórica/moderna, pelos monumentos marcantes e pela sua própria história diante dos seus olhos.

Cheguei a tardinha e me hospedei no Hotel Dorint Airport Tegel, bastante diferente do Dorint que eu me hospedei em Amsterdam (este era bem simples, mas confortável). Levando em consideração a localização, mais uma vez eu estava ao lado do aeroporto, porém há apenas uma quadra do hotel tinha o metrô, que em menos de 20 minutos estava no centro da cidade.

Assim que acomodei minha bagagem e conheci o Hotel, fui conhecer o Bairro Mitte (centro antigo de Berlim) com uma série de bares e restaurantes. Como o idioma ainda era estranho aos ouvidos, resolvi não arriscar e jantar no McDonalds. Fazia muito frio (era Novembro de 2010), mas a vontade de dar uma volta caminhando superava a baixa temperatura e o mais bacana é que quando andamos em algumas ruas erradas, o inesperado acontece. No meu caso, foi encontrar a Porta de Brandeburgo totalmente iluminada, quase deserta (eram quase dez horas da noite), no final da Avenida Unter den Linden (onde se encontra diversas lojas de grifes, junto com a Avenida Friedrichstraße). Iria voltar naquele mesmo local no dia seguinte com o passeio pela cidade, mas mesmo assim, estar diante do símbolo da história de Berlim foi inacreditável.

A Porta de Brandeburgo representa o poder, mas também as fraquezas, a divisão e a união, as vitórias e as derrotas de toda população da Alemanha. Foi construída entre 1789 e 1791, por Karl Gotthard Langhans a pedido do Rei Friedrich Wilhelm II. O portão tem cinco passagens, todavia, inicialmente somente em duas delas era permitido o acesso do público geral, deixando assim, três passagens reservadas para o uso privado da família real, pois antes de 1920 era a principal entrada da cidade. A Porta também serviu como local para desfiles militares durante o período nazista. Por quase 30 anos, permaneceu isolada, quando o muro foi erguido em 1961. Até 1989, separava as duas metades de Berlin e foi um símbolo da divisão da Alemanha (Alemanha Ocidental na fronteira alemã). Hoje simboliza a reunificação da Alemanha.

Logo cedo do dia seguinte, o city-tour pela cidade, passou pelos principais pontos de Berlim, mas destaco alguns como a Biblioteca Antiga, também chamada de Kommode. Localizada na Avenida Under den Linden, hoje ela faz parte da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Humboldt. O memorial da Queima dos Livros (Praça Bebel) fica em frente. Aconteceu em Maio de 1933 ordenada por oficiais nazistas. É possível ver, através de uma janela no solo, uma Biblioteca vazia, com capacidade para 20.000 livros. Exatamente a quantidade de livros que foram queimados ali. Uma placa contendo uma citação de Heinrich Heine convida os visitantes a refletir sobre esse episódio da história alemã: “Isso só foi o começo. Onde livros são levados às chamas, no final, pessoas também serão queimadas”.

Em continuação ao passeio, fomos conhecer panoramicamente o Memorial do Holocausto, Muro de Berlim, Potsdamer Platz, Parlamento Alemão (primeira foto deste post) e a Chancelaria Federal, que abordarei mais tarde nesse blog.

5 comentários sobre “Berlim respira história

  1. carolina disse:

    estou começando a criar um blog de viagens, e esse blog me ajudou muito a ter uma ideia de como fazer.muito obrigado,salvei esse site no meu pc gostaria de outros post sobre paises europeus….

  2. Camila disse:

    Olá 🙂 adorei o post ! Você foi para a Alemanha pela Cvc ?
    estou para lá pela CVC/EUROPAMUNDO semana que vem , e gostaria de saber se você gostou de como a execução do pacote foi feita !

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